domingo, 31 de janeiro de 2010

Just Dance


Não sei como começou ou se eu já nasci com isso, mas era estranho eu tentar seguir todas as batidas musicais que ouvia. Era estranho, e ao mesmo tempo bom, sentir um pouco de paz conforme eu movimentava o corpo. Era estranho eu ter uma ligação muito forte com músicas e não saber como usar isso. E por mais que os anos passavam, eu ainda sim continuava cego. Certamente havia caido na mentira, naquele jogo que de tanto impor acaba se tornando verdade. Mas por mais que tenha sido um pouco tarde, finalmente esse período acabou.
Foi aos poucos que descobri o meu jeito de dançar. Os movimentos são tão mais precisos que me faz viajar para outra dimensão, teoricamente. Eu consigo me sentir seguro mesmo não tendo total segurança de minhas atitudes. Consigo escutar todos os meus pensamentos de uma só vez e entendê-los no mesmo instante. Consigo responder as minhas perguntas sem precisar que ninguém me escute. Decifro os meus sentimentos mesmo não querendo que eles aflorem. E é nesta medida que tudo vai ganhando sentido enquanto eu danço.
E de fato dançar está fora de qualquer explicação escrita, de qualquer conceito padrão, dançar tem um significado diferente para cada pessoa, para cada ser, para cada corpo. Muitos não sabem disso e seguem o tradicional. Seguem com total linha dura que acaba virando preconceito e como o próprio orkut indica: "Preconceito é opinião sem conhecimento". Por isso, seguindo a mesma linha de racíocinio de muitas outras pessoas...


"Dançar é um estilo de vida."

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

New Moon


"Foi em uma dia qualquer, no meio da tarde, aonde o sol se encontrava preso entre as nuvens do céu. O local mal consigo lembrar, talvez por tamanha atenção que aquele sorriso me tirou. Era diferente, um tanto singelo e ao mesmo tempo cheio de perfeições. Como era possível? Estava apenas sentado esperando o tempo passar, mas pude perceber que quanto mais eu esperava, mais ele demorava. Isso seria frustante se não fosse a presença daquela criatura a alguns centímetros de distância."

Talvez fosse a hora de recomeçar, mas certamente não sabia como...
Eu previa que em algum momento as coisas entrariam em choque, que viver fazendo as coisas mais normais do mundo seria um verdadeiro desafio. Sabia que correr nem sempre é a melhor solução, mas às vezes é a mais viável. Que sonhos não são promessas de futuras realidades e que pensamento é mais perigoso do que se imagina. Sabia que sentir é doloroso, mas não que desejar fosse mais. Que dois passos é mais seguro do que dar um pulo. E mais, sabia que enganava mais a mim do que aos outros, sem nenhuma intenção.
Com certeza não tentar foi e é o meu maior erro, deixar as coisas acontecerem por acontecerem sem ter um significado real. Falta uma boa dose de coragem nas minhas costas. De dar a cara a tapa, de entrar na chuva para se molhar ao invés de querer tapar o sol com a peneira, mas creio que isso está mudando, devagar, mas está. E é inevitável não cometer erros, até porque é com eles que aprendemos a seguir e a escolher os nossos caminhos, mas as vezes queremos acertar de primeira, sentir um pouco do orgulho passando por nossas veias e ainda ser notado por pessoas que até então só faziam pouco caso de sua existência. Um capricho do ser humano.
...e mesmo tendo total consciência, nunca me senti preparado para a vida.